Amigos, recebi esse texto um tempo atrás, achei lindo e estava esperando uma ocasião que meu coração falasse: é agora, pode publicar porque é isso que estou sentindo HOJE!
Então, meu coração autorizando, eu vim publicá-lo, mas não sem um motivo especial: hoje é níver da Jú Malacco, uma amiga super querida. Parabéns Jú! Não sei se demonstro direito, mas te amo, tá?
*Dizem que esse texto é de Vinícius de Moraes, mas não tenho certeza. Se alguém souber a autoria, coment me.
tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
a amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
e eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos
e o quanto minha vida depende de suas existências…
a alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
mas, porque não os procuro com assiduidade,
não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
eles não iriam acreditar.
muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem
que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure.
e às vezes, quando os procuro,
noto que eles não tem noção de como me são necessários,
de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital,
porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí,
e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
se todos eles morrerem, eu desabo!
por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
e me envergonho, porque essa minha prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem-estar.
ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer…
se alguma coisa me consome e me envelhece
é que a roda furiosa da vida
não me permite ter sempre ao meu lado,
morando comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo comigo,
todos os meus amigos, e, principalmente,
os que só desconfiam – ou talvez nunca vão saber –
que são meus amigos!
**
Seria injusto eu aproveitar o momento para citar, resumidamente, o nome de pessoas que talvez não saibam ou não se lembrem do quanto do amor que lhes devoto? São amigos que estão longe, geograficamente ou pelos afazeres que os adultos cismam em ter…
Eliézer – meu primo querido que mora em Lisboa.
Karina – minha querida amiga que mora em Niterói.
Karina – minha prima ma-ra-vi-lho-as que nem mora tão longe mas vivemos morrendo de saudade uma da outra.
Auricelly – minha amiga liiiiinda que partiu meu coração quando foi morar em Boston.
Bima – o melhor amigo de adolescência que uma menina podia ter. Mora perto de mim mas trabalha demais.
Mariana – amiga “mari” da faculdade, que tem a mesma profissão que a minha, então por motivos óbvios não temos tempo pra nós.
Me perdoem os meus outros melhores amigos que estão mais presentes. Este post foi dedicado aos saudooooosos!
🙂