Quando olho pra cruz, sinto que tudo mais fica pequeno.
Talvez fosse esse o ponto de vista de Jesus quando ele olhava a humanidade de lá… da cruz.
Percebo que meu afastamento de amigos queridos por causa do meu dia-a-dia corrido é muito, muito triste, e um grande disperdício de tempo.
Consigo ver que minhas chateações com meu pai e minha mãe não são tão ruins assim, um dia não os terei mais comigo.
Sinto que nossa luta por querer sempre mais e mais (e quando conseguimos já estamos insatisfeitos) nos aprisiona.
Vejo guerras por motivos banais, leio vidas sendo ceifadas por R$ 10, lembro que meu consumismo desesperado pela vigésima calça jeans me priva de ajudar alguém realmente necessitado, vejo que não vale a pena brigar no trânsito e lamentavelmente hesito abrir mão do meu conforto para diminuir o efeito estufa…
Talvez porque esteja perto do Natal (e chega a melancolia saudosista de todo dezembro) e acabamos nos lembrando mais de Jesus, o que me remete novamente à cruz, ainda manchada de sangue, por minha causa e por sua também…
Quando lembro que Ele escolheu a cruz, sinto sim, que nada é maior e tem mais importância que o amor de Jesus, e isso sim, torna tudo nesta vida, muito, muito pequeno.